Israel intensifica ataques contra o Irã e agrava tensão no Oriente Médio 5m5c28
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Ação gerou reação imediata de Teerã, que disparou drones em direção ao território israelense; premiê israelense Benjamin Netanyahu afirmou que a operação continuará

Israel lançou, nesta sexta-feira (13), uma nova série de ataques aéreos contra alvos estratégicos no Irã, incluindo centros de comando militar e instalações nucleares. A ação marca uma escalada significativa no conflito entre os dois países e gerou reação imediata de Teerã, que disparou drones em direção ao território israelense. Segundo as Forças de Defesa de Israel (IDF), a operação atingiu bases de lançamento de mísseis e instalações associadas ao programa nuclear iraniano. Entre os alvos bombardeados estão cidades como Teerã, Tabriz, Shiraz, Khorramabad, Fordow e Natanz — onde está localizado o principal reator nuclear do país.
A agência iraniana Fars relatou explosões nas proximidades da base nuclear de Fordow, e a mídia estatal confirmou detonações em diferentes regiões da capital. Ainda de acordo com veículos do Irã, 78 civis morreram e ao menos 329 ficaram feridos somente em Teerã. Em resposta, o Irã lançou uma leva inicial de drones contra Israel, sem provocar grandes danos. Segundo autoridades israelenses, muitos dos artefatos foram interceptados, inclusive por sistemas de defesa aérea acionados pela Jordânia.
O premiê israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que os ataques continuarão e classificou o regime iraniano como uma “ameaça existencial” para o Estado judeu. Ele também declarou que os Estados Unidos foram informados previamente sobre a ofensiva. “Se o Irã tiver armas nucleares, nós não vamos existir aqui”, declarou. Entre os mortos na ofensiva israelense estão figuras centrais do comando militar iraniano, incluindo o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, general Mohammed Bagheri, e o comandante da Guarda Revolucionária, Hossein Salami. Cientistas ligados ao programa nuclear também foram atingidos.
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) confirmou que está em contato com o Irã para avaliar os danos e possíveis riscos de contaminação. O diretor-geral Rafael Grossi reforçou que “instalações nucleares nunca devem ser atacadas”, mesmo em contextos de conflito. O Irã prometeu uma retaliação sem limites. O líder supremo do país, aiatolá Ali Khamenei, afirmou que “o regime sionista impôs a si mesmo um destino amargo e doloroso”. Ele nomeou novos comandantes militares após a perda das principais lideranças.
A tensão entre os países voltou a crescer após a ONU declarar que o Irã está em desacordo com o regime internacional de inspeções nucleares. Estimativas apontam que o país já possua material físsil suficiente para produzir até seis ogivas, o que aumentou os temores em Israel. Nos bastidores, os Estados Unidos monitoram a situação. O presidente americano alertou o Irã sobre novas ondas de ataques e reafirmou o apoio militar a Israel. Ativos norte-americanos permanecem posicionados na região, incluindo a base de Diego Garcia e grupos navais próximos ao Golfo Pérsico.
O conflito também repercutiu entre aliados regionais do Irã. O grupo libanês Hezbollah condenou os ataques, mas não anunciou retaliações. Já os houthis, do Iêmen, dispararam um míssil que caiu em Hebron, na Cisjordânia, ferindo três crianças palestinas. A escalada militar aprofunda a crise iniciada com a guerra entre Israel e o Hamas, em outubro de 2023, e coloca em risco a estabilidade de toda a região do Oriente Médio.
Publicado por Felipe Dantas
*Reportagem produzida com auxílio de IA
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